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22 dezembro 2013

- A tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação

Contristados segundo Cristo

"Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte" (2 Coríntios 7.10)

Estudo 2 Co 7.1-16

INTRODUÇÃO:

A primeira carta de Paulo aos coríntios produziu um sentimento de tristeza, motivado pela dura repreensão do apóstolo por várias distorções encontradas na igreja, tais como: facções (1Co 3.1-6), tolerância ao pecado (1Co 5.1), ações judiciais entre os membros (1Co 6.1-9), imoralidade sexual (1Co 6.12-20) e desprezo ao verdadeiro sentido da ceia do Senhor (1Co 11.17-34). No entanto, vemos em sua segunda carta que a tristeza cedeu lugar à alegria, pois mudou a conduta e o caráter de todos, motivando-os a servir ao Senhor de coração inteiro. Este estudo objetiva mostrar que ser contristado segundo Cristo, mesmo que produza um mal estar temporário, concorre, ao final, para a alegria do cristão e da igreja como um todo.

I - A TRISTEZA SEGUNDO CRISTO TEM OBJETIVOS BEM DEFINIDOS 

"Os termos abatido: oprimidos, quebrantados, perturbados, cansados, tristes, aflito, necessitado, pobre, etc., são utilizados para fazer referência aos homens que reconhecem as suas impossibilidades diante da condição de sujeição ao pecado 'Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito' ( Sl 34:18 )". (extraído da internet: http://www.estudobiblico.org)
Deus não tem interesse em nos ver tristes, muito pelo contrário, se algo vem Dele e produz tristeza é porque foi resultado de pensamentos, palavras, atitudes ou omissões de nossa parte. Dessa forma, a tristeza segundo Cristo, que se abate sobre o nosso coração, tem seus objetivos, vejamos: 

 1. Visa a nossa santificação 

 "... purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito" (v. 1a). Os coríntios foram contristados por meio da Palavra de Cristo em virtude da prática de vários pecados, ora cometidos, ora tolerados no meio da congregação; e, caso continuassem com esta disposição, estariam concorrendo para o rompimento da intimidade com Deus. A despeito de estarem sendo entristecidos, eles foram motivados a mudarem de atitude, purificando-se de toda a imundícia, visando à santificação. É a mesma atitude que o Senhor espera que tenhamos. O principal objetivo de Cristo ao produzir tristeza em nós é nos levar a ser parecidos com Ele. "mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver" (1Pe 1.15).  

2. Exercita-nos no temor a Deus

 "A Bíblia está recheada de textos que falam a respeito do temor a Deus. Como exemplo, cito Provérbios 1.7 que diz que 'O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.' . No texto de Atos 9.31 vemos que 'A igreja, na verdade, tinha paz por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, edificando-se e caminhando no temor do Senhor, e, no conforto do Espírito Santo, crescia em número.'

O que significa temer a Deus e temer ao Senhor?Muitos entendem de forma errada a expressão 'temor do Senhor' ou 'temor a Deus'. Alguns dizem que seria ter medo de Deus. Apesar de um dos significados mais fortes da palavra temor ser 'medo', temer a Deus não é ter medo Dele, pois o medo nos faria fugir Dele e não aproximar-se Dele. Veja o que o apóstolo João diz a respeito do medo: 'No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.' (1Jo 4. 18). Ou seja, o temor a Deus citado na Bíblia não pode significar um medo de Deus que nos faça fugir Dele e nos traga tormento. Antes, é algo que nos aproxima ainda mais de Deus.

Então, o que significa exatamente temer a Deus?

Temer a Deus é respeitá-Lo como sendo quem é; é reverenciá-Lo e obedecê-Lo baseado em toda a revelação de Sua santidade, justiça, grandeza, misericórdia, benignidade, vontade, amor e outros milhares de atributos revelados a nós. Algumas passagens bíblicas demonstram claramente o significado do Temor do Senhor e exemplificam como devemos praticá-lo:

- Temer a Deus é adorá-Lo como o único Deus. 'Não terás outros deuses diante de mim.' (Ex 20. 3).".

"... aperfeiçoando a santificação no temor de Deus" (v. 1b). O temor ao Senhor está diretamente associado à devoção e ao respeito extremo que se deve ter para com o seu caráter santo. Santificação sem temor é uma fraude piedosa. Os coríntios, ao praticarem de forma deliberada o pecado em seu meio, ou ao acobertarem-no de forma consciente, estavam ignorando este importante princípio cristão. Assim, depois de serem constrangidos pela Palavra, foram conclamados pelo apóstolo a se aperfeiçoarem no temor a Deus. A tristeza segundo Deus tem também este importante objetivo, levar-nos a reverenciá-lo acima de tudo e de todos.

3. Objetiva tomar posição ante o pecado

"Em tudo mostrastes estar puros neste negócio" (v. 11b). Ainda que nem todos os coríntios estivessem cometendo diretamente os pecados denunciados por Paulo, faltava-lhes uma postura firme diante da situação, como no caso da relação incestuosa conhecida e tolerada pela igreja (1Co 5.1). Somente após a intervenção do apóstolo, isso aconteceu, dando a entender que o transgressor foi punido, e que a igreja não era cúmplice do pecado, ou, ao menos, deixara de ser. A tristeza segundo Cristo objetiva também levar-nos ao entendimento de que não basta apenas fugir da prática do pecado, devemos também denunciá-lo em todo tempo, e em todas as circunstâncias.

II - A TRISTEZA SEGUNDO CRISTO OPERA PARA O BEM DO CRISTÃO

Aqueles que são entristecidos estão, na verdade, sendo aperfeiçoados na vida espiritual. Assim, quando se posicionam de maneira adequada ante a disciplina de Deus, gozam dos frutos produzidos por esta tristeza. 

O que diz esse estudo?

2 Coríntio 7.9 "agora, folgo, não porque fostes contristados, mas porque fostes contristados para o arrependimento".

Ora, voltar-se para a Palavra de Deus arrependido é o primeiro resultado prático observado na vida daqueles que são entristecidos segundo Deus. Desta forma, a tristeza produzida no momento, quando seguida de um verdadeiro arrependimento, contribui para uma futura alegria. É doloroso ver, no momento, exemplos de pessoas que foram contristadas por Deus mediante o confronto da Palavra, mas que insistiram em seus pecados, a exemplo do que aconteceu com Caim (Gn 4.4-8). Estes perdem uma grande oportunidade de se beneficiarem do aparente "mal de Deus", que opera para o nosso bem.

O versículo 10 diz o seguinte: "Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação...".

O principal objetivo de Deus, com respeito à humanidade, está relacionado com a salvação (Tt 2.11). Neste viés, com relação ao membro que cometera o grave pecado de incesto, Paulo fez a seguinte admoestação à igreja: "seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no Dia do Senhor" (1 Co 5.5). O arrependimento da igreja de Corinto, movido pela tristeza segundo Cristo, ratificou a sua condição de eleitos para a glória de Deus. Nenhuma tristeza pode suplantar a alegria da salvação, nem o gozo que sentiremos quando estivermos diante do Trono de Deus, e do Seu santo Cordeiro.

"Porque quanto cuidado não produziu isso mesmo em vós que, segundo Deus, fostes contristados!" (2 Co 7.11a).

Ou seja, esse versículo trata-se de amadurecimento. Depois de terem sido contristados pelo Senhor, os coríntios tornaram-se crentes mais vigorosos e espirituais, mostraram-se mais dispostos à defesa do Evangelho, mais zelosos pela doutrina e mais indignados contra o pecado. Quanta diferença! Na primeira carta, Paulo se dirigiu a eles nestes termos: "E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo" (1 Co 3.1). Agora, o apóstolo percebe neles um notável amadurecimento. É este crescimento que o Senhor espera de nós, que cheguemos à medida da estatura completa de Cristo (Ef 4.13).

III - A TRISTEZA SEGUNDO CRISTO TRAZ BÊNÇÃOS PARA A IGREJA

Mesmo que um cristão tenha sido contristado, toda a igreja é beneficiada com os resultados. Isso demonstra que o Senhor, além de estar preocupado com o desenvolvimento de cada membros em particular, visa também à saúde do corpo como um todo.

Vejamos como isso é possível:

1. Conduz a um estreitamento da comunhão

2 Co 7.12 - "... ainda que vos tenha escrito, não foi por causa do que fez o agravo... mas para que o vosso grande cuidado por nós fosse manifesto diante de Deus".

A repreensão de Paulo, ao invés de produzir discórdia, concorreu para uma maior aproximação entre ele e a igreja de Corinto. A despeito da aparente inimizade inicial, a igreja ficou mais fortalecida e unida. Ainda que nem todos os membros estivessem envolvidos nos pecados, eles estavam agora concentrados em se livrarem deles. Este é o desejo de Deus para a Sua igreja: que, como um só corpo, nos unamos no enfrentamento dos problemas. A preocupação de todos pelo problema de um demonstra o quanto estamos unidos.

2. Traz consolo e alegria

2 Co 7.13 - "Por isso, fomos consolados pela vossa consolação e muito mais nos alegramos pela alegria de Tito...".

Veja bem. O consolo e a alegria vivenciados pelos coríntios contagiaram a Tito e também ao próprio Paulo. Assim como todo corpo sofre por causa do ferimento de um membro em particular, todo corpo sente os reflexos do contentamento produzido pela cura e pelo bem-estar. "... se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele" (1 Co 12.26b). Aqueles que, nos dias atuais, foram tomados pela tristeza segundo Cristo, devem encontrar, em nosso meio, um ambiente de acolhimento e contentamento, a fim de que venham a corresponder às expectativas de Deus com relação à sua vida espiritual.

3. Concorre para o aumento da confiança

2 Co 7.16 - "Regozijo-me de em tudo poder confiar em vós".

O apóstolo Paulo, que se mostrou, a princípio, tão reticente com relação àquela igreja (1 Co 3.1), derrama-se agora em elogios a ela. Mesmo estando longe de se transformar numa igreja perfeita, aquele rebanho tornou-se enfim um povo em quem se podia confiar. Depois de responderem positivamente ao contristamento produzido pela Palavra de Deus, os coríntios mostraram que não apenas neste aspecto, mas também em qualquer outro, poderiam alegrar o apóstolo. A confiança não é precedida por perfeição, mas pela determinação em se fazer o que é correto.

IV - CONCLUSÃO

A Bíblia diz que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28), e o que vimos neste estudo reitera as palavras deste versículo. A peneira de Satanás contribuiu para o amadurecimento de Pedro (Lc 22.31); o sofrimento de Jó fortaleceu a fé do patriarca (Jó 42.5); o espinho na carne de Paulo tornou-o mais humilde e alegre na presença de Deus (2 Co 12.7). Da mesma forma, quando somos contristados segundo Cristo e respondemos de maneira piedosa a esse entristecimento, tornando-nos cristãos mais maduros e aperfeiçoados para a obra que nos foi confiada. Recebemos com alegria a tristeza que vem de Deus!

Que possamos nos aperfeiçoarmos cada dia no Senhor.

Amém.


13 novembro 2013

- Renunciando por amor a Cristo



Extraída do site www.jacuipenoticias.com

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (2 Co 6.14).

Estudo
2 Coríntios 6.1-18

I.                  Introdução

A palavra ABNEGAR significa renunciar. Renunciar da própria vontade, desapego do interesse próprio, desprendimento de algo. Cada Cristão aprende isso diariamente através do Espírito Santo vivendo em sua vida e pela meditação na palavra de Deus, “Ensinando-nos que, renunciando à impiedade e às concupiscências mundanas, vivamos neste presente século sóbria, justa e piamente” (Tt 2.12). À medida que a nossa comunhão aumenta com Ele mais força temos para praticar a renúncia.
Extraída do site saberciencia.tecnico.ulisboa.pt

II.               Renunciando uma vida de má conduta

A.                Embora tenhamos recebido nossa justificação (Rm 2.8), isso não quer dizer que nunca poderemos perder nossa salvação. Dessa forma, Paulo adverte: “... exortamos a que não recebeis a graça de Deus em vão” (2 Co 6.1). Vejamos então como podemos adquirir prazer na abnegação por amor a Cristo, preservando o dom gratuito de Deus em nossas vidas:

1.                Por amor à Sua palavra

          “Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado” (2 Co 6.3).
Quando temos o verdadeiro amor por Deus e Sua Palavra, fazemos de tudo para agradá-lo, pois esse sentimento nos capacita a negarmos a nós mesmos (Fp 1.9, 10; Cl 1.24). Dessa forma, não viveremos uma vida de pecado e isso extinguirá os mais diversos escândalos que afastam os que não conhecem a verdadeira palavra de Deus do seu próprio Criador.

2.                Com obediência à palavra

“Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo: na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns” (2 Co 6.4,5).
Em seu ministério, Paulo nos mostra como foi um exemplo para os cristãos sofrendo as várias prisões por estar desempenhando o seu papel. Sua obediência nos motiva, pois quão grande foi a sua abnegação para a propagação do evangelho de Jesus Cristo! (Fp 1.12-19).

3.                Uma conduta cristã aprovada

“Na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda” (2 Co 6.6, 7).
O nosso testemunho, através do Espírito Santo vivendo em nós, influencia nossa maneira de viver que impactará pessoas a nossa volta, por isso a nossa conduta pautada na palavra da verdade fará com que a Glória de Deus seja exaltada (1 Pe 2.11, 12).
imagem extraída da internet

III.           Renunciando os maus relacionamentos

A.                Devemos constantemente observar se Cristo está no centro de nossas vidas, pois nossas escolhas e nossos relacionamentos serão guiados pelo o que é prioridade para nós. Por isso, Jesus diz: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Mc 8.34).

1.                Jugo desigual

“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis” (2 Co 6.14a)
O jugo desigual afeta o relacionamento com Deus, por isso é preciso ter cuidado com envolvimentos, tais como:

a)               Namoro

É o “envolvimento romântico com um incrédulo. Isso pela Bíblia está absolutamente e sempre será errado. Nosso amoroso Pai, que se deleita em abençoar, faz a seguinte pergunta ao coração: "Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?”(Amós 3:3). Em 2 Coríntios 6:14 Ele dá este comando solene e inalterável a Seus queridos filhos: "Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis". Amado jovem! Se você realmente deseja uma vida e casamento felizes, sejam obedientes a Deus”[1].

b)               Casamento

(1)            É correto para um cristão namorar ou casar-se com alguém que não seja cristão?
Enquanto esta passagem não menciona especificamente o casamento, certamente tem implicações para o casamento. A passagem continua dizendo: “E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; E não toqueis nada imundo, E eu vos receberei” (II Coríntios 6:15-17).
A Bíblia continua dizendo: “Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes” (I Coríntios 15:33). Ter qualquer tipo de relacionamento íntimo com um incrédulo pode rapidamente e facilmente se tornar algo que obstrua sua caminhada com Cristo. Somos chamados a evangelizar os perdidos, não a sermos íntimos com eles. Não há nada errado em construir amizades de qualidade com os incrédulos, mas isto é o máximo que se pode fazer. Se você estivesse namorando um incrédulo, como vocês dois poderiam cultivar intimidade espiritual dentro do casamento? Como um casamento de qualidade poderia ser construído se vocês discordassem no assunto mais importante do universo: o Senhor Jesus Cristo?[2]

c)                Sociedade

(1)           Deve um Cristão entrar em uma sociedade de negócios com um descrente?
A pergunta sobre se um Cristão deve começar uma sociedade empresarial com um descrente ou se a Bíblia proíbe um crente e um descrente de fazerem parte de uma sociedade é bem comum. O versículo mais citado é “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (2 Coríntios 6:14). Muitas vezes, esse versículo é interpretado como uma proibição dos Cristãos de se casarem com não cristãos. Esse versículo com certeza se aplica ao casamento, mas não há nada no seu contexto que o limite apenas ao casamento. Todos os tipos de “jugo desigual” são proibidos – casamentos, amizades íntimas, laços eclesiásticos e sociedades empresariais.
O comando implica que existe uma grande diferença entre um crente e um descrente. Geralmente falando, as motivações, objetivos e métodos de um Cristão são incompatíveis com os do mundo. A fé muda o caráter de um homem. A ambição mais elevada na vida de um Cristão deve ser a de glorificar ao Senhor Jesus e agradá-lO em todas as coisas; um descrente é, ao máximo, indiferente a tais ambições. Mesmo se parecermos ter muito em comum com um descrente, o nosso coração reside em um reino totalmente diferente.

2 Coríntios 6:14 então pergunta: “E que comunhão tem a luz com as trevas?” Dizem que as pessoas estão “em comunhão” quando compartilham algo. Sócios estão unidos de tal forma que precisam compartilhar coisas – o que pertence a um também pertence ao outro. Isso é o que “comunhão” quer dizer. Nosso conselho é de seguir as Escrituras e de evitar unir-se com os não– Cristãos. “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Amós 3:3).[3]

d)               Amizades

(1)            É perigoso para os cristãos terem amizade profunda com incrédulos?
Existe um ditado popular que diz: “diga-me com quem andas, e te direi quem és”. Antes de associar-se a alguém e ter amizade com essa pessoa, procure observar como ela se comporta sozinha e em grupo, como ela fala, do que gosta, como age quando está sob pressão. Mesmo que se diga cristã, avalie se ela observa ou não a Palavra de Deus, se tem temor a Ele.
De maneira alguma estou fazendo apologia ao isolamento total ou à inimizade com os que não professam a mesma fé que nós. Não somos do mundo, mas vivemos nele. Trabalhamos e estudamos com pessoas que não conhecem os preceitos bíblicos. Devemos falar e testemunhar do amor de Jesus a elas! Todavia, conviver é uma coisa; estabelecer uma amizade profunda, outra, porque amizade implica comunhão de ideias e práticas.
O apóstolo Paulo advertiu: Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes (1 Coríntios 15.33). Por que ele disse isso? Porque o ser humano é um ser social. Seu comportamento é influenciado por aquilo que ele vê, ouve, admira. As pessoas com quem andamos, conversamos e a quem abrimos nosso coração exercem uma forte influência sobre nós. Se não tiverem compromisso com Deus, vão falar de coisas vãs ou más; coisas que ofendem a santidade do Senhor e que, com o tempo, corromperão os costumes cristãos que adquirimos em nossa convivência com nossa família e/ou a Igreja.
Quando o cristão fica mais exposto aos valores mundanos do que à Palavra e à presença de Deus, com o tempo acaba esfriando na fé, adquirindo os mesmos hábitos que os incrédulos, frequentando os mesmos lugares que estes, adotando o mesmo vestuário e falando da mesma maneira, sobre os mesmos assuntos, segundo os mesmos pontos de vista.
Normalmente, quando chega a esse ponto, significa que o cristão já perdeu a sensibilidade quanto aos malefícios que aquela influência mundana pode representar em sua vida; já se submete tranquilamente ao aconselhamento daqueles que não têm qualquer comunhão com Deus, em vez de ouvir a orientação do Espírito Santo. Perdeu o referencial certo, Jesus, e sucumbiu à degradação moral e espiritual.
Por tudo isso, afirmamos que o cristão não deve ter amizade íntima, profunda, com os incrédulos, para não ter sua comunhão com Deus rompida. O contato com eles deve restringir- se à convivência social, profissional, e com o intuito de apontar a salvação em Cristo Jesus.
O cristão pode e deve ouvir, orientar e ajudar quem não é cristão, representando Jesus para essa pessoa, pois foi chamado para ser sal da terra e luz do mundo. Contudo, não deve aconselhar-se com quem não tem os mesmos valores e estilo de vida que ele, especialmente com quem pratica a iniquidade e tem uma vida contrária à Palavra de Deus. Antes, deve aprofundar sua comunhão com a Igreja, mantendo um maior relacionamento com os irmãos em Cristo, ajudando um ao outro e sendo alimentados com a Palavra. E ao relacionar-se com os ímpios, o cristão deve ter sempre em mente o objetivo de demonstrar e pregar o amor de Deus, para que eles também conheçam o evangelho e possam cooperar com Cristo para a salvação de sua alma.[4]
Essas características de julgo desigual não permitem uma caminhada com o mesmo propósito. Enquanto o Cristão busca a retidão, o descrente segue a iniquidade. Se não soubermos administrar os nossos sentimentos, acabaremos num caminho contrário àquele proposto pelo Senhor (Fp 4.7).
extraído da internet

IV.            Renunciando o mundanismo

O mundo se opõe à vontade de Deus, e está pautado na cultura, valores e costumes contrários à Sua Palavra. O Cristão precisa amar a Deus sobre todas as coisas, na mente e no coração para que nada rompa seu relacionamento com o Senhor. “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele, porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo” (1 Jo 2.15-16).

1.                Somos templo de Deus

(1)            “E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo de Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei, e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (2 Co 6.16).
Que privilégio para nós sermos o templo do Deus vivo, pois no Antigo Testamento existia somente os feitos por mãos humanas. Se naqueles dias, ver profanado um templo físico, construído com tijolos e argamassa, era uma tristeza irreparável para o judeu, como não seria hoje, ver profanado o templo no qual o Espírito Santo habita? (1 Co 6.19).

2.                Somos separados

(1)            “Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor, e não toqueis nada imundo.” (2 Co 6.17).
O fato de estarmos no mundo não evita que tenhamos contato com os incrédulos, e isso deve acontecer naturalmente para que o evangelho seja anunciado. Todavia, a comunhão precisa ser observada de maneira a não deixar que as influências retirem do servo de Deus a devoção pura e sincera a Cristo (Cl 3.5-10).

3.                Somos filhos de um Pai celestial

(1)            “e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso” (2 Co 6.18).
Como é maravilhoso o amor de Deus por nós! Com seu grande poder e glória, ainda assim, volta-se para nós, dando-nos instruções para vencermos os inimigos que tentam nos destruir. Em sua oração a Deus, Jesus disse: “não peço que os tires do mundo, mas que os livre do mal” (Jo 17.15). Este deve ser o nosso maior conforto: saber que não importa o quão grande seja a nossa dificuldade, Ele jamais nos deixará (Jo 15.9).
extraído da internet

V.                Conclusão

Devemos ser a continuidade que Cristo plantou aqui na terra. Quando aceitamos a Ele como Senhor e Salvador das nossas vidas, abrimos mão da nossa própria vontade e egoísmo para sermos o povo que viverá para sua obra. “O qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tt 2.14). Deus nos escolheu para fazermos a diferença, mostrar ao mundo que é possível abnegar-se das coisas mundanas para a Sua própria glória. Que possamos aprender com Jesus, com o seu grande exemplo de renúncia por amor ao ser humano, pois por nossa própria força nada conseguiremos fazer.
Amém.


[1] romance-namoro.blogspot.com/2013/03/jugo-desigual.htm
[2] leiaabiblia.blog.br
[4] www.verdadegospel.com (Pr. Silas Malafaia)

- O amor de Cristo nos incomoda

Imagem extraída da internet: www.oevangelhodejesus.com

"Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram" (2 Coríntios 5.14)



O amor de Cristo nos incomoda à transformação de nossas vidas, segundo o Seu caráter. Cristo, em sua soberania, deu-se em sacrifício para nos reconciliar com Deus, proporcionando-nos vida eterna com Ele. Hoje, como resultado desse grande ato de reconciliação, somos constrangidos no amor de Cristo a continuar essa obra. Em virtude disso, vivemos em novidade de vida, numa constante busca pelo nosso aperfeiçoamento, baseados no exemplo que nosso mestre nos deixou, assumindo a identidade de legítimos embaixadores do Reino.

Estar constrangido a viver para o Senhor é estar empenhado a buscar as coisas que são do alto e cumpri-las com o propósito de agradar a Deus em todas as circunstâncias. No entanto, existem características indispensáveis a serem observadas para que se cumpra tal propósito:
  1. Primeira característica:

  • Estar conscientes de que não pertencemos à morada terrestre
           "Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da pare de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus" (2 Co 5.1).

           O apóstolo Paulo mostra aos coríntios que o corpo físico é apenas uma casa temporária que, ao perecer, recebe de Deus um lar eterno. Logo, somos constrangidos a viver para o Senhor, a fim de receber nosso lar celestial posteriormente. Isso não significa que devemos nos alienar do mundo, buscando apenas as coisas espirituais, mas sim, que devemos usar nossos recursos, de todas as espécies, enquanto casa terrestre, para conquistar coisas maiores na eternidade, pois cada um receberá "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou o mal" (2 Co 5.10).

    2. Segunda característica:

  • Almejando estar para sempre com Ele
          "E, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; (2 Co 5.2).

           No contexto dos coríntios já era falado sobre a imortalidade da alma; mas os apóstolo dos gentios, Paulo, mostra que o propósito da imortalidade é superior, é o de viver sempre para o Senhor. Paulo não via a volta de Cristo como algo distante e sim como um evento que aconteceria ainda nos seus dias. Isso nos mostra que ele vivia preparado para tal encontro. Devemos viver de tal modo que nos permita desejar sua vinda logo, vivendo segundo o espírito: "Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para morte; mas, se pelo Espírito, mortificardes os efeitos do corpo, certamente, vivereis" (Rm 8.13).

    3. Terceira característica: 

  •  Buscando agradá-lo
           "Pelo que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes" (2 Co 5.9).

           Nos é ensinado que devemos agradar ao Senhor, em todas as circunstâncias, e isso denota devoção total a Deus, que é uma das particularidades de quem vive para o Senhor. Temos o exemplo do servo mau e negligente, que é o que esquece ou teme assumir as responsabilidades que Deus o confiou: "receoso escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu" (Mt 25.25). Entendemos que para agradar a Deus precisamos estar em constante exercício na Sua obra, porque enquanto servos temos contas a prestar ao nosso Senhor.
Imagem extraída da internet: portalmensageirodaultimahora.blogspot.com

"Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles  morreu e ressuscitou" 

(2 Co 5.15).

O amor por si só é regenerador, traz à alma novas motivações e vivifica o espírito. O amor de Cristo vai além, justifica-nos de todo o pecado, libertando-nos das nossas prisões interiores, dando-nos maiores motivações e esperanças. Portanto, somos incomodados a viver em novidade de vida, sendo semelhantemente altruísta como Ele, deixando para traz o que nos afasta do Seu amor.

Somos impulsionados pelo seu amor, "Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram" (2 Co 5.14).

Paulo lembra aos coríntios que é pelo amor de Cristo que somos constrangidos a viver em novidade de vida, pois "Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmo..." (v. 15). O amor de Cristo nos impulsiona a amar sua obra, vivendo em Seus propósitos, pois quando com Ele morremos, é para com Ele vivermos. Portanto, tornamo-nos sua imagem, conforme Colossenses 3.10: "e vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou". Quando renascemos em Cristo, nosso caráter passou a refletir o Seu; e nesse elo de amor, somos constrangidos a sermos o que Ele requer de nós, vivendo agora segundo os seus propósitos.

O leitor é levado a recordar o sacrifício supremo que Cristo pagou e que os que O aceitam já não pertencem a si mesmos. "E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências" (Gl 5.24). Enquanto nascidos em Cristo, temos ambições que divergem das do mundo e, acima de todas elas, está o viver para o Senhor. Nosso foco está nas coisas do alto, denotando características sobremodo altruístas, pois, como está escrito "... Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos" (Mc 9.35b). Assim, ainda que estejamos servindo aos homens nas coisas justas, é ao Senhor que servimos, como bem expressou Paulo: "... A Cristo, o Senhor, é que estais servindo" (Cl 3.24b).

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17).

A escritura nos mostra que, ao morremos para o mundo, morreu em nós tudo o que nos caracterizava como cidadãos do mundo, logo devemos andar como novas criaturas, posto que assumimos uma nova natureza espiritual. "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida" (Rm 6.4). É necessária uma nova posição mediante a isso. Como criaturas regeneradas em Cristo e mortas para o mundo estando em espírito, não somos mais controlados pela nossa natureza carnal. E para o cumprimento disso em nós, devemos adotar novas condutas e princípios, desfazendo-nos de velhos hábitos e assumindo as condutas de santos eleitos de Deus.
Ilustração extraída da internet: www.catholicprogrambank.com

A nova vida que o amor de Cristo nos proporciona requer de nós novos posicionamentos, tanto interiores quanto exteriores. Somos agora cidadãos do Reino de Deus e assumimos uma aliança com Cristo. É nosso dever representá-lo nesta terra, atentando com obediência para o ministério a que fomos conclamados.

"E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação," (2 Co 5.18).

          Paulo tinha um cuidado com o rebanho de Deus, e isso testificamos através de suas cartas. O bom pastor rege seu rebanho com o propósito mantenedor, instruindo, ensinando, sendo um genuíno cuidador. Negando o viés de uma obrigação qualquer e rendendo-se à qualidade de seu pastoreado, se preciso for, o bom pastor entrega sua própria vida em prol do seu rebanho, a exemplo do que fez Jesus: "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas" (Jo 10.11). Por meio de Cristo, Deus reconciliou consigo a humanidade. Hoje somos eleitos embaixadores de Cristo, estando sobre nós a responsabilidade de representá-lo, conciliando com Ele os que ainda não fizeram, uma vez que está em nós a palavra da reconciliação (v. 19).

"De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus" (2 Co 5.20).

Somos representantes do Reino de Deus vivendo em outro reino, agindo com lealdade Àquele que nos enviou, cumprindo nossa missão segundo Seus princípios e ensinamentos. Nisso divergimos daquilo que o mundo prega ser comum, pois buscamos as coisas do alto, uma vez que nossos propósitos são os mesmos de Cristo, ou seja, propósito de paz e salvação.

À luz desse estudo, vimos que o amor de Cristo nos constrange a viver uma nova vida, onde somos impulsionados a nos entregar ao Senhor, testificando a todos que possuímos uma nova natureza. Este fato provoca em nós mudança de prioridades, motivações e hábitos (Cl 3.12, 13). Somos transformados e revestidos a fim de assumir nova posição na casa terrestre, posição de embaixadores em nome de Cristo, para o cumprimento de seu propósito de constante reconciliação com a humanidade.

25 outubro 2013

- Expressando característica da vida de Cristo



Anunciando a vida de Jesus Cristo
2 Co 4.1-18

No capítulo 4 de 2º Coríntios, Paulo demonstrou estar ciente que seu ministério foi atribuído do brilho advindo de Cristo, um valioso tesouro, o qual ele próprio expressava em sua vida para a glória de Deus (v. 1). Para isso, o apóstolo cumpriu três passos:
  • Ele reconheceu as características da vida de quem nos salvou;
  • Agiu conforme a verdade que reside em todos os que se predispõe a servi-lo; e,
  • Ele almejou os tesouros de uma jornada com Cristo.
Seguindo essas etapas, aprenderemos a iniciar uma vida de serviços expressando a Jesus Cristo, o maior exemplo de servidão ao Pai (Fp 2.7).
Paulo conhecia o caminhar de nosso mestre e procurava de todas as formas seguir seus passos (1Co 11.1). Logo, assim como Paulo, devemos reconhecer aspectos da vida de Jesus para então, fundamentar nossa própria vida de serviço, assim como fez o apóstolo Paulo. E que vida seria essa:

1.     Uma vida pautada na verdade
  • 2Co 4.2 “... antes, rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade”.
Paulo inicia chamando a atenção para a manifestação da verdade frente à vergonha da adulteração da palavra. Os fariseus torciam as leis bíblicas e escondiam seus pecados vergonhosos de seus seguidores (Mt 23.3-7). No entanto, Jesus era um homem irrepreensível, e suas palavras eram totalmente condizentes com seu modo de agir. Assim com nosso Salvador, devemos ser obreiros que não tem do que se envergonhar e que manejem bem a palavra (2Tm 2.15). Não há vergonha na vida de um cristão que segue com fidelidade os princípios bíblicos, uma vez que a verdade se manifesta diariamente em sua vida, seja no agir com um irmão, no servir a Deus ou até mesmo no falar, afinal, esse servo sabe qual a função da palavra: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.” (Sl 119.105).
2.    Uma vida que resplandeça a luz do evangelho
  • 2º Co 4.3, 4: “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.”.
O ministério de Cristo apresentou uma autoridade ímpar, consequência de Sua luz que brilhou em meio às trevas do engano (Mt 9.1-8). A luz da salvação resplandeceu na vida de muitos (Is 9.2). Todavia, houve um grupo que não creu nas palavras de Jesus Cristo (Jo 1.10, 11). Nossa função é brilhar o tesouro do evangelho vivo, que faz a diferença num mundo cego pela mentira (Mt 5.14). Quanto aos que, porventura, não vierem a crer, que eles pelo menos saibam que Jesus pagou o preço por suas escolhas erradas (Mc 16.16; Ap 21.8). Cabe a nós não desanimarmos e seguirmos no combate com sinceridade (Js 1.9).

3.     Uma vida movida pelo amor
  • 2 Co 4.5: “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus.”.
Nosso Salvador trilhou um caminho de sofrimento que culminou em Sua crucificação. Contudo, Seu sacrifício de nada adiantaria se não fosse motivado pelo amor (Ef 5.2). Esta deve ser também a nossa motivação. Afinal, não há serviço forçado no Reino de Deus, pelo contrário, é um lugar onde predominam a liberdade e a voluntariedade. Sendo assim, não perca seu tempo! Trabalhe para Ele de coração! Sempre lembrando de que, para Deus, nenhum sacrifício vale a pena, se não for feito por amor (Is 1.11-14; 1Co 13.3b).
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Vimos algumas características do ministério de Jesus que são mais do que conhecidas por nós. Mas, existem ações que precisam ser praticadas constantemente nas vidas dos que expressam Jesus Cristo a servi a Deus. Entretanto, é necessário frisar três ações cristãs pragmáticas apresentadas por Paulo de maneira tal que iremos e devemos entender como abdicarmos do nosso eu, são elas:
1.     Para abdicar de nosso eu é preciso renunciar a nós mesmos
  • 2Co 4.7: “Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.”.
O apóstolo Paulo evidenciou no verso 7 seu reconhecimento à excelência do poder de Deus em detrimento de nossas próprias glórias. Quando nos diminuímos, a glória de Cristo aparece, mas quando nos julgamos capazes de algo, confiando em nosso próprio poder, ela se apaga (Jo 3.30). Embora um vaso de barro possua um determinado valor, em nada pode ser comparado com a preciosidade do tesouro que nele é depositado. Não deixe seu vaso ofuscar o tesouro que nos foi dado mediante a graça; reconheça diariamente para quem são e foram feitas todas as coisas (Rm 11.36).

2.        Para abdicar de nosso eu é preciso sofrer por amor a Cristo
  • 2 Co 4.11: “E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus...”.
Mais certo do que promessas de vitória e de uma vida magicamente simples é a certeza de que no mundo teremos aflições (Jo 16.33). O cristão que incomoda e que brilha, aborrece o mundo, que, em resposta, o atribula, o persegue e o abate (vv. 8, 9). Melhor é carregar nossa cruz do que amar ao mundo e nos acomodar no caminho largo, fácil de ser trilhado, mas que leva à perdição (Mt 7. 13, 14). Logo, aceite as responsabilidades por ser um servo do Senhor e padeça por ele, predispondo-se ao sofrimento em nome de sua obra.

3.         Para abdicar de nosso eu é preciso espalhar o evangelho de Cristo
  • 2Co 4.13: “... Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso falamos”.
Citando o Salmo 116.10, Paulo nos mostra que a evangelização é consequência direta do crer e não apenas uma obrigação. Disseminar a palavra do Senhor é, de fato, uma ordem (Mc 16.15), porém ela não é coercitiva. A boca fala do que o coração está cheio (Mt 12.34), e se estamos cheio do Senhor é natural que nossa boca testifique de Sua glória. Deixe-se ser usado em prol do Reino de Deus, afinal “a fé vem pelo ouvir, e ouvir pela palavra” de Deus, que sai da sua boca (Rm 10.17).
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Saiba uma coisa, o apóstolo Paulo tinha certeza que no céu tinha e tem tesouros para quem persistem na sã doutrina. Este tesouro não consiste em “bênçãos” materiais, barganhadas com Deus, mas sim, de bênçãos espirituais entregues àqueles que renunciam a si próprios e vivem apenas da graça do Pai.
Expressar em nossas vidas os tesouros de Cristo é estar convicto de nossa realidade futura. Para tanto:

1.     Devemos ter uma vida ressurreta com Cristo
  • 2 Co 4. 14: “... o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco”.
A fé na verdade faz com que nem mesmo a morte possa assustar aos que servem de coração ao Senhor. Jesus venceu o pecado na cruz e nos deixou a promessa viva de que voltaria para nos buscar (Jo 14.3). O tesouro da vida ressurreta com Cristo, porém, é apenas para os que morreram para o mundo e decidiram viver sem restrições para a obra de Cristo (Rm 6.4, 5). Para estes, existe a vida eterna, onde não há morte, pranto, clamor e nem dor (Ap 21.4).

2.    Devemos renovar nossa vida interior
  • 2 Co 4.16, 17: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.
Jesus Cristo serviu plenamente ao propósito de Deus, no entanto, quando partiu para junto do Pai, ele não nos abandonou, antes, deixou o Espírito Santo para nos consolar e nos ajudar a seguir na nossa caminhada (Jo 14.16). Através do agir do Espírito, nossa vida interior “... se renova de dia em dia” (v. 16) Por sua vez, esta ação não se resume apenas a um manifestar sobrenatural, pelo contrário, o Espírito Santo opera diariamente em nossas vidas o seu fruto (Gl 5.22). Daí há paz, há amor e benignidade quando expressamos a Cristo em nossas vidas.

3.     Devemos ter uma vida focada nas coisas eternas
  • 2 Co 4.18: “Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas”.
Paulo finaliza caracterizando a natureza dos tesouros divinos como não visíveis. Infelizmente, dentro de nossas igrejas contemporâneas, a fé foi diluída em torno de um aparente paraíso terreno bem visível, chamado “prosperidade” (2 Pe 2.1-3). Nosso coração, no entanto, deve estar no reino dos céus, que não pode ser visto, todavia, é mais real do que nossa realidade passageira. Aos que expressam, anunciam a vida de Cristo, por fim, existe um tesouro que olho nenhum viu e ouvido nenhum ouviu, que o Senhor tem nos preparados (1 Co 2.9).
Ao concluirmos esse estudo, afirmamos, Jesus Cristo seguiu um caminho de perfeição durante Sua vida terrena, e nós devemos buscar imitá-lo em todas as esferas de nossas vidas, não importando as condições ou circunstâncias. Servir a Deus, buscando expressar a vida de Cristo, pode parecer uma atitude prepotente, entretanto, é um alvo que devemos perseguir se quisermos alcançar êxito no nosso ministério (Fp 3.14). O resultado deste empreendimento é um labor frutífero para o Reino de Deus e não para nós mesmos e com isso, queremos que se sinta sensibilizado e venha expressar Cristo em sua vida e então você passará a experimentar os tesouros que residem no único caminho, que é o próprio Cristo.
Deus seja louvado