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18 janeiro 2011

Prosseguindo para o alvo

Versículo Chave
"prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" (Filipenses 3.14)

Lição 04 - 23 de janeiro de 2011

 Objetivos da Lição

  •  Ensinar que o cristão precisa "esquecer" as coisas conquistadas no mundo; e,
  • Mostrar que o cristão deve ter um alvo à atingir.
Texto: Filipenses 3.7-14

  • Contribuição Teológica
O Foco dos pensamentos de Paulo nessa epístola está na vida de Cristo, cujo selo é a alegria. Paulo havia rendido tudo a Cristo e podia dizer: "Para mim, o viver é Cristo" (Filipenses 1.21), suas cadeias indicavam que era um prisioneiro de Cristo (1.13), poderia viver ou morrer em Cristo (1.20) e perder tudo para ganhar a Cristo (3.7,8). Cristo Jesus havia conquistado Paulo (3.12), a única paixão de Paulo era glorificar a Cristo (3.8,9). Paulo desejou que a experiência com ele teve com Cristo os filipenses tivesse também e que fosse repetidas diversas vezes entre eles. Paulo ora para que o amor de Cristo cresça nos filipenses (1.9), que permaneçam com a mente de Cristo (2.5-11) e, como o próprio Paulo, conheçam a experiência de Cristo - seus sofrimentos, sua morte e ressurreição (3.10,11).
  • Introdução
 Paulo estava preso na ocasião em que escreveu a epístola aos Filipenses. O que deveria ser uma carta cheia de amargura, tristeza e lamentações é, na verdade, uma das mais alegres e otimistas que escreveu. Nela, o apóstolo revela toda a sua experiência e, por meio dela, é que o cristão precisa prosseguir em direção ao alvo, para alcançar o "prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus". 

DEVEMOS INVESTIR NOS VERDADEIROS VALORES 

1. O que era lucro passou a ser prejuízo - Esta inversão de valores ocorreu com o milagre da regeneração, no qual recebemos uma nova visão que nos torna a ver o Reino de Deus (Jo 3.3). Em contrapartida, o mundo, com suas riquezas, se ofusca perdendo o seu brilho diante de nós. Se alguns persistem em apoiar na lembrança dos currículos conquistados no mundo, o cristão considera tudo isto refugo, quando comparados com as riquezas espirituais que temos a ganhar.
2.  A nova ambição é a excelência do conhecimento de Cristo Jesus - O cristão deve ter esta ambição e procurar, por todos os meios legais e possíveis, alcançá-la. Este conhecimento não é teórico, como desejavam os irmãos de Corinto (1Co 2.7-10). Trata-se do conhecimento pessoal de Cristo. Inclui a experiência de ser amado por Ele e de amá-lo, sendo que este amor deve se estender àqueles por quem Jesus morreu. É o tipo de conhecimento que compensa qualquer perda, portanto devemos conhecer aquele "em quem estão ocultos todos os tesouros da sabedoria e da ciência" (Cl 2.3), o que significa ter acesso a eles.

3. Sofrendo perdas para ganhar a Cristo - Ganhar no original tem a mesma raiz que a palavra "lucro". Cristo é agora o único valor real para nós (Fp 3.7).

O cristão pode escolher ganhar as coisas efêmeras, tais como cultura, dinheiro, fama, posição social, etc duráveis apenas enquanto estivermos neste mundo e, em contrapartida, perder a imensurável riqueza que é ganhar a Cristo; bem durável eternamente.

Ao afirmar "Tenho por perda todas as coisas", literalmente, o apóstolo queria dizer: "fui despojado de tudo que tenho". O texto indica que o cristão deve deixar tudo por causa da fidelidade a Cristo. O filósofo Aristóteles disse: "A justiça é a média entre lucros e perdas".

4.  Trocando a justiça própria pela justiça de Deus No versículo 9, na versão linguagem de de hoje, o Apóstolo Paulo diz: "Eu já não procuro mais ser aceito por Deus por causa da minha obediência à Lei. Pois agora é por meio da minha fé em Cristo que eu sou aceito; essa aceitação vem de Deus e se baseia na fé". Nosso irmão Paulo simplesmente joga fora a "justiça da Lei".

Se quisermos progredir para o alvo estabelecido por Deus, precisaremos renunciar ao legalismo religioso, seguindo em frente apoiados na força da Sua graça, para vivermos conforme a justiça que vem de Deus, ou seja, o modo como Ele torna as pessoas retas diante de Si (Rm 3.21).


5.  Renunciando ao bem-estar para viver conforme as aflições de Jesus Cristo  - O desejo do cristão deve ser o de conhecer Jesus Cristo. No entanto, para que isto aconteça, é necessário que partilhemos dos sofrimentos e do poder da sua ressurreição. O cristão tem a incumbência de cumprir o resto das aflições do nosso Mestre, "pelo seu corpo, que é a igreja" (Cl 1.24).

Longe de ser verdade o ensino herético de que o crente não deve sofrer, a Palavra de Deus afirma o contrário: Devemos nos conformar com Ele (Jesus Cristo) na sua morte (Gl 2.20; 2Co 4.10). Isso pode acarretar em muito sofrimento e tribulações (At 14.22), mas este processo deve continuar até que Ele venha arrebatar a sua igreja, porque só através da morte com Cristo garante a semelhança com a sua ressurreição.

DEVEMOS PROSSEGUIR RUMO AO OBJETIVO 

1. Corro na direção certa - A preocupação do servo de Deus não deve estar nas coisas que precisa  perder ou nos sofrimentos pelos quais há de passar. Ele tem objetivo concreto em sua vida e precisa alcançá-lo. Algumas pessoas dizem que numa competição o importante é competir, mesmo que não leve o prêmio. Mas para o "atleta" cristão isso não é verdade, pois precisamos alcançar o prêmio ou será inútil toda a nossa carreira cristã.

O cristão precisa conhecer a direção certa para não correr em qualquer direção. Não podemos ser como a "folha seca" sendo levados de um lado para outro, sem objetivos definidos (Ef 4.14). Para ser vencedor é preciso observar as regras impostas: Lealdade - "correi de tal maneira que o alcanceis" (1Co 9.24); Objetividade - "assim combato, não como batendo no ar" (1Co 9.26); e Renúncia - "Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão" (1Co 9.27).

2.  Desligo-me das coisas que atrás ficam

Jesus disse que o que põe a mão no arado e olha para trás não é para o reino de Deus (Lc 9.6). Paulo sabia desta regra, por isto afirmou: "Esquecendo-me das coisas que atrás ficam..." (v. 13 deste texto). Quem corre numa competição não fica olhando para trás, por cima do ombro, a fim de calcular que distância já percorreu, nem como vão os concorrentes. As coisas que para trás ficam, descreve a parte da corrida já feita. Podemos calcular o quanto progredimos quando vemos o tamanho da nossa renúncia para com as coisas desta vida.

 3. Tomo posse das coisas que estão diante de mim

Cada dia que passa surgem diante de nós, novas revelações daquilo que Deus tem preparado para os seus. Infelizmente, muitos cristãos estão emaranhados em supertições, de modo que não conseguem deixar a velha "cartilha" e partir para conhecimentos mais profundos (Hb 5.12). Devemos deixar as coisas que atrás ficam, avançando para as que estão adiante de nós (v. 13).


4.  Persisto em alcançar o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus - Persevero, continuo. A persistência deve ser a chave da vitória do crente.

O alvo para os gregos era "Skopos". Tinha esta designação porque o competidor mantinha os olhos fixos nele. "Skopein" significa "Olhar". Paulo usou este termo para mostrar que o cristão não pode desviar a sua atenção do objetivo final.

O prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus, é a coroa da justiça que está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, nos dará naquele dia (2Tm 4.8). Persista, porque o prêmio é para todos que o alcançarem.


Conclusão - O cristão tem a responsabilidade de prosseguir em direção ao alvo. As duas figuras usadas por que o Apóstolo Paulo ilustrou foram: contabilista e atleta, servem para nos mostrar os meios que devemos usar para alcançarmos o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
Devemos nos desprender das coisas que atrás ficam e prosseguir para alcançar as coisas que diante de nós estão.



Origem:  Todas as ilustrações foram tiradas da internet