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02 fevereiro 2011

Progredindo Espiritualmente

Lição 06 - 06 de fevereiro de 2011
Versículo Chave

"para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus" (Colossenses 1.10)


Texto: Colossenses 1.9-23

INTRODUÇÃO

   Uma vez que o desenvolvimento da nossa salvação refere-se a um progresso espiritual, decidimos basear esta lição no motivo da oração de Paulo, que se encontra na Epístola aos Colossenses.

   Conforme Colossenses 1.7-9, Paulo ficou ciente de como as heresias, surgidas na igreja, feriam a magnificência de Deus e interferiam na conduta dos cristãos. Como isso os impediam de se desenvolverem em Cristo, Paulo lhes pronunciou a oração, alistando a verdadeira forma de se progredir espiritualmente.

I - Cheios do Espírito

    Paulo sabia que o progresso espiritual dos colossenses dependia de alguns requisitos importantes para o seu desenvolvimento, pois como surgira na igreja ensinamentos que atacavam a magnificência de Deus, o espírito deles deveria estar cheio,

    1.  Do conhecimento da sua vontade   - Havia na igreja de Colossos, ensinamento que Deus nunca ordenara e que, por causa desses, muitos já estavam em conformidade com o mundo. Ao ouvir sobre isto, Paulo orou para que esses fossem cheios do conhecimento da vontade de Deus, pois só assim estariam precavidos.

          Nem mesmo o rigor ascético pregado entre eles tinham valor algum contra a sensualidade (Cl 2.20-23 ARA), daí a necessidade do conhecimento da vontade de Deus, que os libertaria da insensatez, alertando-os contra a prostituição (Ef 5.17; 1Ts 4.3). Mas conhecer a vontade de Deus não é o suficiente, pois também devemos praticá-la; fazendo assim, alcançaremos suas promessas e viveremos para sempre. (Hb 10.36; 1Jo 2.17).

    2.   Em toda sabedoria - A instabilidade espiritual dos colossenses os levou a uma religiosidade cega, a ponto de se identificar tanto a hipocrisia dos legalistas quanto o fanatismo dos imaturos, agindo de forma homogênea na igreja. Agora, como identificar o cristianismo autêntico em meio a esse sincretismo religioso?
               
              A dificuldade de agir com moderação e julgar com imparcialidade a situação, tornou-se o principal dilema. A solução era estarem cheios de sabedoria  (Tg 3.17), que ajudava a discernir entre o certo e o errado. "E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada" (Tg 1.5).


      3.     "Em toda" inteligência espiritual - Mesmo havendo paridade entre sabedoria e inteligência; existe certa distinção entre elas (Ex 36.1; Pv 4.5): com a sabedoria se julga; já com a inteligência se analisa separando a verdade da mentira. Uma outra distinção entre elas, é que "... o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência" (Jó 28.28).


                Por faltar-lhes inteligência espiritual, os colossenses aplicavam a Palavra de forma errada, não distinguindo simbologia de doutrina (Cl 2.16,17). Se não des agir assim, enchei-os de inteligência espiritual, a qual tanto é adquirida, como entendida por meio da Palavra de Deus (Sl 119.104).


II - ANDANDO DIGNAMENTE DIANTE DO SENHOR  

    Se o nosso progresso espiritual depende de um andar digno diante do Senhor, saiba que esse andar refere-se à conduta dos que foram chamados para a salvação (Ef 4.1). E se estamos falando de conduta cristã, esqueça todos os demais recursos e ande conforme o evangelho de Cristo (Fp 1.27).


    1.     Agradando-lhe em tudo - O Evangelho que os colossenses deveriam pregar tinha sido substituído pelo sincretismo religioso, daí, por desviarem a fé do seu verdadeiro foco, que é Cristo, passaram a cultuar os anjos (Cl 2.18) e até a si (Cl 2.23 ARA). E como o nome de Deus não estava sendo louvado, obviamente, não O agradavam.


             Andar dignamente diante do Senhor é aprovar tudo que lhe é agradável (Ef 5.8-10); mas se a nossa fé não se encontra focalizada nEle, como alcançaremos tal proeza? Portanto, se cremos no evangelho que nos foi confiado, devemos pregá-lo de forma autência, "... não como para agradar aos homens, mas a Deus..." (1Ts 2.4).


     2.     Frutificando em toda boa obra - Quando Paulo expressou o desejo de que os colossenses frutificassem em toda boa obra, sabia que esse fruto tanto se referia ao ato de levar almas para Cristo (Jo 4.36), quanto às virtudes espirituais (Gl 5.22,23). Porém, para produzirem bons frutos, eles deveriam se desligar de tudo que os distanciavam da verdade, para permanecerem ligados em Cristo (Jo 15.2-5).


               Assim como em Paulo, o desejo de produzir bons frutos deve estar eminente em nossos corações, pois foi para isto que o Senhor nos nomeou (Jo 15.16). Ele não nos chamou para estarmos estagnados, assistindo a outros trabalharem, e sim, para progredirmos e, de tal forma, ajuntarmos frutos para a vida eterna.


      3.     Crescendo no conhecimento de Deus - No tópico I, falamos da vontade de Deus, porém nesse, ressaltaremos a sua natureza. É claro que não há quem conheça Deus na sua essência, o que não deve ser motivo de desânimo. Por não buscarem tal conhecimento, os colossenses tanto deificaram os anjos, como se esqueceram do perdão obtido no passado (2Pe 1.9), lembrado por Paulo mais adiante (Cl 2.13,14).

               Trocar a razão por artifícios extrabíblicos é abandonar a paz; pois ela nos é multiplicada pelo conhecimento de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo (2Pe 1.2). Desprezar esse conhecimento é vergonhoso e condenável (1Co 15.34).


III - CORROBORANDO EM TODA A FORTALEZA

      O nosso progresso espiritual é adquirido pelo poder de Cristo em nossas vidas. Paulo orou para que os colossenses fossem corroborados em toda a constantemente evidenciando esse poder.


       1.     Segundo a força da sua glória - Como os colossenses não permitiram que Deus assumisse o controle total de suas vidas, eles enfraqueceram tanto que a evidência de Cristo já não estava mais presente. Pois eles agiam "... conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo" (Cl 2.8).


                A expressão "força da sua glória" é uma referência ao Espírito Santo orando no homem (Ef 3.16). Embora isso nos traga prazer nas coisas espirituais, logo se trava uma batalha em nosso interior (Rm 7.22,23). Mas se você deseja oferecer o melhor de si a Deus, permita que ele o faça por intermédio do seu Espírito. "Porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar..." (Fp 2.13 ARA).


       2.      Em toda a paciência - Através de uma análise histórica e geográfica, vemos que os colossenses sofriam uma forte influência do misticismo oriental. Como a cidade ficava na rota principal do comércio, isso a transformou em um local turístico, onde cada pessoa que ali passava, deixava, resíduos de suas crenças. Obviamente, essa é uma das principais estratégias das trevas.


                Não se sentir atribulado com isso, é estar longe de evidenciar progresso espiritual pela paciência (Rm 5.3), pois é ela que nos capacita a suportar as aflições desta batalha (Ef 6.12).


       3.      "Em toda" longanimidade - Toda religiosidade opressora associa progresso espiritual à infelicidade; enquanto que a Bíblia nos assegura que, na presença do Senhor, há abundância de alegria (Sl 16.11). Porém, para exibir espiritualidade, os colossenses muito investiam na aparência, por meio de atos penosos (Cl 2.20-23).


                  Longanimidade é um ato generoso, exercido com alegria e não com tristeza. Ao incluí-la em sua intercessão, Paulo vai de encontro à religiosidade hipócrita dos colossenses, visto que deveriam "Servir ao Senhor com alegria..." (Sl 100.2).


CONCLUSÃO

       Após discorremos sobre a profundidade da oração de Paulo, na qual importantes instruções nos foram passadas; façamos uma análise da situação em que nos encontramos pois, por falta de fidelidade a Deus, muitos têm comprometido o seu crescimento espiritual, trocando a Cristo por coisas insignificantes deste mundo.
          Portanto, permita que o Senhor venha a ser o seu verdadeiro foco da adoração e conduta pois, procedendo desta forma, alcançarás maturidade espiritual. Agindo assim, evidenciaremos o poder de Cristo em nossas vidas, "dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz".