Powered By Blogger

04 setembro 2013

- Conhecendo a bondade de Deus (Salmo 145.1-21)



A sua bondade é eterna
           
Esse salmo expressa louvor à divina providência de Deus, executada por causa da grandeza da Sua bondade em favor da sua criação. Ele está em perfeita sintonia com muitos outros salmos que nos convidam a exaltar ao Senhor por este atributo inefável: “Louvai ao Senhor, porque ele é bom...” (Sl 136.1ª). O louvor e a adoração que o salmista devota é decorrente do cuidado amoroso do Senhor (v. 9 do texto Sl 145), e ele se dispõe e propagá-lo abertamente: “Falarei da magnificência da tua majestade e das tuas obras maravilhosas” (v. 5 – Sl 145).
            Vejamos a seguir o que Deus pode ensinar por meio de Sua bondade.
     I.    A sua bondade pode ser demonstrada
            Toda a criação proclama os feitos estarrecedores do Senhor, anunciando a sua bondade. Como os filhos de Coré, podemos proclamar: “No teu Templo, ó Deus, ficamos pensando no teu amor” (Sl 48.9 – BLH – Bíblia Linguagem de Hoje).
1.    Nas Suas grandes obras:
“Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão” (v. 10 – Sl 145). A natureza aponta para a existência de Deus, pois ela é a obra de suas mãos (Sl 19.1). Sua inteligente e vasta criação, com tudo o que é necessário e sustentável para vivermos e dela gozarmos abundantemente, nos leva a admirá-lo e reconhecer que tudo o que Ele criou é bom (1Tm 4.4). Por esta razão, percebemos a sua bondade em nos agraciar com toda boa dádiva.
2.    Nos testemunhos dos seus servos:
“Publicarão abundantemente a memória da tua grande bondade e cantarão a tua justiça” (v.7). Uma das formas de fazer a bondade de Deus conhecida é por meio da publicação ou divulgação pela boca de seus servos (Is 63.7).
Somos testemunhas dos benefícios do Senhor (Sl 27.13). À vista disso, convocamos a todos a proclamar o bem que tem feito a nossa alma (Sl 103.1,2), falando das suas gloriosas e majestosas obras (v. 5). Como já provamos dos bens do Senhor, devemos levar outros a provar o quanto Ele é bom (Sl 34.8).
3.    Na eternidade:
“O teu reino é um reino eterno; o teu domínio estende-se a todas as gerações” (v.13). O reino e o domínio de Deus são de glória transcendente e estende-se a todas as gerações. As virtudes do seu reino eterno são de justiça, paz e alegria (Rm 14.17), cuja bondade e amor são melhores do que esta curta existência na terra (Sl 63.3). O que o Senhor preparou para aqueles que o amam, nunca foi visto, ouvido ou sentido no coração (1Co 2.9), isso prova que Deus é bom e a sua misericórdia dura para sempre (Sl 136.1).
II.   A bondade é inerente a sua pessoa:
 
Quando pensamos em Deus, o que vem à nossa mente é a imagem de um Ser perfeitamente bom, cuja natureza é santa, justa, pura, sem parcialidade e plena de misericórdia (Tg 3.17). O atributo da bondade é claramente manifesto na pessoa de Deus, como veremos a seguir:
1.    Pode ser vista na Sua equidade:
“Justo é o Senhor em todos os seus caminhos e santo em todas as sua obras” (v.17). A bondade de Deus é dispensada aos seus filhos (VV. 9, 15), sem, no entanto, ferir ou contrariar a sua justiça, retidão e verdade (Is 45.24). A sua imparcialidade não permite que suas leis sejam violadas e que atos de desobediência fiquem sem a justa recompensa (v. 20). No entanto, por ser bom, faz com que o justo e o injusto desfrutem dos seus benefícios igualmente (Mt 5.45). Ele é bom para todos e quer que todos se salvem e venham ao conhecimento da verdade (1Tm 2.4).
2.    Pode ser comprovada no Seu caráter:
“Bondoso e compassivo é o Senhor, tardio em irar-se, e de grande benignidade.” (v. 8). Deus é bom em Si mesmo (Mt 19.17), e, segundo sua palavra. Ele é a própria caridade (1Jo 4.7, 16). Trata-se de uma fonte que jamais se seca e inclui a piedade, a paciência e a misericórdia. O Senhor não muda e, assim como revelou a sua bondade a Moisés, continua fazendo conosco: “... Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti e a pregoarei o nome do Senhor diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem me compadecer” (Ex 33.19).
Hoje podemos experimentar a bondade de Deus em Jesus Cristo, que se entregou por nós, numa suprema demonstração de amor. A bondade de Deus é incontestável, principalmente quando se percebe que Ele dispensou a Sua graça salvadora a pecadores que não a mereciam.
     III. A sua bondade é a nossa providência:
Deus, como supremo criador, é abundantemente generoso em dádivas providenciais (Tg 1.17). A infalibilidade da bondade divina é a resposta óbvia de um cuidado constante para com os Seus, mas que não nos isenta de exercer dependência a Ele e de trilhar caminhos de provações e tentações, como veremos a seguir:
1.    O seu cuidado é constante:
“Os olhos de todos esperam em ti, e tu lhes dás o seu mantimento há seu tempo. Abres a mão e satisfazes dos desejos de todos os viventes” (vv 15, 16). O senhor tem cuidado de nós (1Pe 5.7). Mesmo quando pensamos que os nossos fardos são mais pesados do que possamos suportar e duvidamos se poderemos prosseguir, Ele vem e sustenta-nos no nosso abatimento: “O Senhor sustenta a todos os que caem e levanta a todos os abatidos” (v. 14). Deus conhece as nossas necessidades, mesmo antes de lhe dirigirmos os nossos pedidos (Mt 6.8). Sendo Ele quem sustenta as aves do céu e quem provê as vestes dos lírios, por acaso não cuidaria dos Seus filhos, tendo eles um incomparável valor? (Mt 6.26-32).
2.    A sua bondade se manifesta aos que o buscam:
“Ele cumprirá o desejo dos que o temem; ouvirá o seu clamor e os salvará” (v. 19). Que bem maior podemos ter senão o próprio Senhor? Ele oferece a Sua íntima e duradoura comunhão aos que o honram e o tem na mais alta consideração (Lm 3.24, 25). A provisão de sua presença é reservada aos que O invocam em verdade: “Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade” (v. 18), porque são estes que terão seus desejos atendidos (v. 19). Ainda que nossa alma esteja “abatida até o pó”, se a Ele invocarmos, levantar-se-á e “nos resgatará por amor das suas misericórdias” (Sl 44.25, 26).
Louvemos “ao Senhor pela sua bondade e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens” (Sl 107.8). Só Ele trabalha para os que Nele esperam (Is 64.4).
Vimos o quanto Deus é bom e zeloso em seus atos de bondade para conosco. A grandeza deste fato pode ser revelada pela imensidão de suas obras maravilhosas que, consequentemente, revelam os atributos do seu Ser e avançam para a esfera pessoal onde podemos experimentar o relacionamento com um Deus que se importa com os Seus: “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera” (Sl 64.4).

Nenhum comentário:

Postar um comentário